Postagens

Mostrando postagens de dezembro, 2011

abismo raptado

lavagem de gente pela sardinha de rodas sempre à procura de bens inexistentes - pernil de arranha-céu - pesadelo preparado a um amigo! é morrer de ira por não poder gozar amarrar a insônia num sonho contido como caberia ao poeta do amor perdido ------ na insignificância dos dias quando sem completude deponho o olhar ao longe de Goiânia a Santo Antônio para fazer o quadro do abismo raptado

Gozo desmedido

Imagem
O livro "Gozo desmedido" está à disposição nos seguintes espaços: livraria Dinâmica, livraria Novo Pensar (ambas na rua 4 - Centro - Goiânia), na revistaria LER (Goiânia Shopping), na livraria do Goiânia Ouro e, também, no site "estantevirtual.com".

olha o carro, Almiro!

olhos refletidos no espelho do retrovisor as lágrimas infantis anunciarão o trágico da noite um senhor atravessa a rua (travessa 68) a meninota, já acrescida de seios gigantes, grita ao idoso uma bicleta invisível percorre o dia enquanto o pão solta das mãos estrangeiras rumo ao estômago vazio do cão ao longe, um carro voraz (a velocidade é rápida demais para que o percebam!) uma chuva de lama levanta voo para a pistola dinâmica dizer fim à vida de um velho.

Souffrance

Sofrer não é uma exclusividade francesa mas é d'alma consanguíneo. - O que não solapa é alimento de altivez! A linguagem amplia todos os bêbados da esquina cria novos cenários estabelece conflitos e, proclama, sutilmente: - Paciência! A alma que sofre-calma não sucumbe na esquina.

brincadeira de criança

é tão bom saber que os pés apesar de calejados dão passos largos saber que o sorriso ainda que tímido satisfaz almas vãs mas não queria só! um pé sobre o outro de mãos dadas brincando de doutor. bora?

palavras recheadas de sentido

e virá alguém dizer que (me) produzi muito direi: toma no cu, filho da puta!

jogo perverso

entre mim e ti não há nada mais perpétuo/perverso que o amor!

gozo enclausurado

de nada vale gritar os ouvidos de cera não escutarão ...

sem idealizações

num quarto há mais afeto que a sapucaí invadida por gringos no quarto só penso mais que toda a filosofia grega amo mais que todas as pensões medievais sofro mais que qualquer manicômio atemporal num quarto só recordo cada instante do beijo que não dei cada gole do café que não tomei o almoço ficou engasgado na memória! mas de tudo concluo: (e as conclusões são buracos de cobra!) da pequena um gigante nasceu!

silêncio (com "s" minúsculo)

todas as palavras ficaram num passeio de verão que não fiz no suicídio que ainda não cometi todas as palavras são falas deslocadas a quem perdeu a própria língua contudo, percebo ter quase tudo num quarto só! e não cantarei o amor latente (vivo!, que seja) apenas direi: o silêncio é maior que qualquer palavra esbravejada.

amizade genuína

agora sim o silêncio é um grande amigo!

o encanto da roda, da rocha e da fonte

o que há de encanto é o desejo nada mais! alguém descobriu que o retângulo anseia a roda? a rocha quer água da fonte enquanto o ser procura o humano. Ao profundo conhecedor de mim: eu mesmo.

canicidade

Quem me conhece como ninguém não me deve fazer só o bem! Por que não me deixar ouvir o latido da cadela? por que não posso cheirar o rabinho dela? - Monstro dos monstros da caninidade, rogai pelo rabo perdido de outrora! Nem o cheiro nem o latido podem tirar pedaços tão delicados? (A.Q.M.C.C.N)

não gosto de churisso!

Não, não quero perturbar a dinâmica familiar! a família quer meu sangue (não gosto de churisso!) carne ao sangue é gosto de vampiro! e eu, mor(t)al como sou, vejo toda beleza dessa vida vã Estive por aqui tentei contato deixei mensagens - e não fui escutado agora... enquanto a vingança não acabar (vingança familiar!) estarei em Santo Antônio de Goiás rendido aos caprichos de uma vida só! (A.Q.M.C.C.N)

nega-fulô

hoje acordei pensando nas orquídeas nas flores, nos cheiros dos perfumes escravizantes NADA! só o som cheiro e o amor... só a nega-fulô traz de volta um cachorrinho adormecido. (A.Q.M.C.C.N)

altivez besta, meu deus!

" Eita vida besta, meu deus !" Carlos Drummond de Andrade Meu silêncio começou a reinar em era de palavras vazias hoje não balbuciei palavra alguma esperei que os peixes morressem pela boca minhas intenções já estão postas minha manobra, arriscada como é não tem o preço de felicidade. Todavia, via um rosto pacato sem sal salgado somente à volúpia de fim de semana (sempre em motéis e com hora marcada!) quero seu sexo, sim silencioso que seja à sua maneira custosa mas voraz na altivez vista peito adentro. (A.Q.M.C.C.N)