Postagens

Mostrando postagens de junho, 2012

Freud e as cartas de amor: o contraditório como marca de vida

Freud e as cartas de amor: o contraditório como marca de vida Observando as cartas de Freud a Martha, sua esposa, decidi escrever algumas linhas. O que me veio ao ler a biografia de Freud por Peter Gay foi a relação humana que o pai da psicanálise tinha com Martha, principalmente durante os anos de noivado. As cartas de amor de Freud é realmente mais um delicioso acervo de análise. Ao contrário do que é reproduzido pela ignorância, Freud não era a maldição e, muito menos, santo. Freud manteve por cerca de quatro anos uma relação à distância com a noiva, Martha... Ah, e com apenas dois meses de namoro já estava noivo. Nada mais contraditório, nada mais humano. Ainda, como se sabe, não era uma relação perfeita entre os dois, ao contrário, Freud nutriu bastante ciúmes por ela ao ponto de exigir que passasse a cumprimentar formalmente os primos, apenas pelo segundo nome. Mas, Martha sustentou os dilemas de Freud e possibilitou a longa gestação da psicanálise. O que quero dizer é qu...