escreve-se na água na alma a salgada esteira da vida Afora isso escreve-se nada e o toque (de letra a letra) move em ondas a água é o mesmo que dizer: sangra-se a língua ao mar diante do infinito, a escritura é chacoalhada, descompassada arde-se, pois, no espaço inconstante das palavras um barco sem remo lançou-nos às idiossincrasias do verbo intransigente mar e, no vai e vem das ondas no toque dos dedos (recortando o infinito) escrevemos o impossível A-mar