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Mostrando postagens de dezembro, 2009

Retorno do verso encantado

Obrigado deus pelo presente sofrimento Agarrei-o pelo rabo, patife! Mas um dia as lágrimas purificarão suas raízes Sem elas os dias seriam iguais ao cinza fosco do cinzeiro fosco das cinzas foscas Seria fosco A maldade seria minha metade Suave navegar de poeira ao ar Obrigado senhor Agora estou irrigado pelo azar Obrigado pai Os versos voltaram a raiar

Papoula negra, nega fulô

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Reminiscências devolveram-me aquela imperativa melancolia poética Luzes piscando pisaram os incessantementes lapsos de consciência E, ao abrir os olhos Raiaram sóis maiores que o sol Entorpecido Retornei ao reino de Hades Pensando em voltar Percebi que os caminhos estavam tomados O solo de minha humilde embarcação se abriu E pelos poros abertos de minhas veias latinas Brotou a inenarrável papoula negra, nega fulô (Poseidon insistia em mostrar o caminho!) Nessas ondas encobertas Ameaçada ficou Selene (Dionísio abateu Apolo e Poseidon naufragou!) ...Coberto ficou meu caminho, flores, a papoula negra, nega fulô...