Postagens

Mostrando postagens de maio, 2010

Ipanema voltou

Imagem
Ontem não via mais que um dedo deslocolado do corpo meus olhos de areia não contemplavam a feição dos docentes E diziam que era impossível ver o rosto de ipanema diziam que ainda não era hora Mas falaram em greve e cortaram meus cabelos encaracolados (Sem cabelos aos olhos... vi lábios torneados!) e a greve, menina que passa passa massacrando partidos políticos a greve, mulher que passa passa pisando em pés de sindicatos dormentes E cheia de graça esbraveja o justo grito "O piso é pouco!" É a marcha proletária contÍnua 1848 em pleno século XXI Brilha não só o rosto da menina greve reluz a pele de sol garganta calejada pernas grossas e bolhas aos pés (Já não estamos sós, Jobim) Hoje a greve é toda ipanema (perfeita!) perfeita no mundo material porque o corpo dourado é luta de sol a sol À mesa com brecht e Maiakovsk não deixaremos Ipanema partir! Esse poema faz referência à vitoriosa greve dos trabalhadores da educação iniciada no dia 20 de maio de 2010 em Goiânia-GO.