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Mostrando postagens de novembro, 2011

a mim mesmo

Não compensa dedicar a vida a outrem (jesus foi crucificado!) não compensa dedicar um livro a outrem (os livros são queimados) Mas o amor esse dedicado a mim por interface a ti faz tanto sentido quanto o dois e dois da professora retardada que não tive. A mim mesmo.

paciência, cachorrinho

O coração sossegou a arritmia de ontem é o compasso perfeito de hoje mas a saudade... é tão forte quanto a insônia passada. (A.Q.M.C.C.N)

cama na hora de dormir

Bem melhor assim sem ligações noturnas sem procurar o colo da mamãe. Que seja entorpecido o bebê mama o leite do aconchego e eu procuro cama na hora de dormir. (A.Q.M.C.C.N)

dou-te um livro

a quem queria um poema dou um livro não de soneto mas de formas distintas (como cabe ao amor!) A quem me conhece como ninguém

ressurreição, nega

Ah, estômago-unha-de-gato, eu disse que não doía, filho da puta. Coração bandido, volta a esse peito de onde não devia ter saído. Coração bandido, por que acomodastes tanto? Pequeno infeliz! Por que esperastes o fim para uma nova pele habitar? Não tenho vocação à santidade, mas só minha ausência causaria sua ressurreição. A quem me conhece como ninguém.

crenças súbitas

pelo silêncio vou percebendo a tradição de vidas passadas em centros de vidas em chá de amigas mal amadas amalgamadas por ervas daninhas das crenças súbitas. À verdadeira amiga de quem me conhece como ninguém

akedah

tenho a akedah de dizer que fracassei a akedah de dizer 'não era bem assim' a akedah de sentir um coração fora do peito a akedah de gritar a quem me acha 'desconhecido habitante do próprio corpo' meu deus-cordeiro foi imolado com o filho de Abraão e a akedah da noite me jogou no tremendo vazio desse chão. A quem me conhece como ninguém

olha aí, negão!

só mais uma coisa, negão mesmo ajoelhado, a guerra não acabou! -ah é? e as amigas? Negão, elas vivem num mar de chá e não é verde (como o vestido do conhecimento) mas faz neguim rebolar! -ah, mas ela é amiga, pô!... Ok, negão. Amiga não dá pra home de amiga, porra. Vai, negão, vai que a descoberta é breve no andar debaixo. Vai que a descoberta é o suicídio, matricídio principalmente... Vai, negão, o amor é a cinza colhida de gravetos. A quem me conhece como ninguém

frases de face, não fesceninas

Fecho com frases de face (não fesceninas!) No silênico há mais respostas que em gritos infernais. Fazer o quê? Sou mesmo um meninão-gritador!... Aprendi somente a chorar! A quem me conhece como ninguém

sua falta não é falácia

sabe o que é bom nisso tudo? da falta nasce a erupção vulcânica do desejo. sabe o que é péssimo nisso tudo? a sua falta pode ser preenchida por um imbecil qualquer. Ao ciúme causado pela falta de quem me conhece como ninguém

celta preto também pega no tranco

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Sinceramente, isso não é um poema pode ser uma carta desgraçada que provavelmente não ficará nesse blog. escuta: o amor é essa haste verde colhida em greve numa casa alheia. Entendeu? escuta: virei o carro numa esquina esburacada e o motor entrou em erupção. Entendeu? não terminei: celta preto também pega no tranco! Ao carro preto (que não é cinza) de quem me conhece como ninguém

soletrando

nunca fiz tanto poema pensando numa coisa só só-le-tro seu nome milhões de vezes mas nenhuma rima provoca meus ouvidos Ao nome mais lindo (A.Q.M.C.C.N)

O amor nunca existiu?

- O amor nunca existiu! (Marcos Lopes, em "Gozo desmedido") Ok! Mas e a dor que dilacera o peito? e as lágrimas que flecham a boca? As palavras são máquinas criadoras de sentimento! dos seus olhos, boca, nariz, pele, cabelo ... crio a palavra 'amor' e já sinto o peito disparar dos olhos lambuzados crio a palavra 'dor' e já sinto o peito disparar dos olhos lambuzados crio a palavra 'você' para dizer que sou amador! (A.Q.M.C.C.N)

manobra arriscada - um jogo sem volta?

Por opção, o que muda é a falta da dor estomacal é a falta do álcool nos momentos de solidão O que muda é sempre por opção! minhas lágrimas são só letras que caem blog adentro meus erros - muitos como são! é um rei em cheque, mas com saídas exímias de um bom jogador E me refaço:  na loucura,  na insanidade da perda,  à maior manobra de toda a história! (A.Q.M.C.C.N)

Gozo por mim? Que seja por todos!

Na fala de hoje fiz minha escuta agora, solitário como deve ser sou - todo -  possibilidade de invenção. O carro novo tem hálito de uma nova pele construída durante um ano de não ser TÃO-sem-TIDO curtido em motéis em segundinhos de gozo efêmero. Hoje a pele tinha o brio do gozo diário de horas gozadas, de carros comprados de realizações familiares, de amor me transe! Minha retirada... que o gozo por mim seja por todos! (A.Q.M.C.C.N)

hálito de uma nova pele

Minha fala não é ouvida agora (sou o louco que desconhece o próprio grito!) Mui breve iremos ver ---------------------- a-fala-flecha-alvo. Vejo-te ao meu lado refeita ao ar num corpo próprio de uma experiência vasta na nova pele em que habitará. Minhas palavras não serão sem sentidos teus gestos carregarão outros símbolos e nas bocas entrecruzadas de amor nascerão rosas de espinhos carnudos. E não haverá censura ou ditos-mal-ditos só o gozo do desejo habitará a pele em que habito. A quem me conhece como ninguém!

vazar desaprumado II

Deixei a queda me tomar. Das cadeiras de balanço quebraram as pernas, as bengalas não se sustentam... Não há madeira, redenção, nada! Caí, mas não eram águas doces, ao contrário, o mar salga qualquer coração insano. Pensei que seria só solidão essas águas sôfregas. Não, não! Mesmo caído os peixes passaram pelos meus restos, mordiscando minha pele.  Engraçado, deitado ao fundo do mar, os peixes parecem desejar minha presença. Mesmo morto insisto em gritar passagem à malandragem do sangue-bom brasileiro. Tubarões querem meu corpo, entretanto já os conheço bem e não me entrego. Tomo o sentido oposto, subo nas costas de um tububarão selvagem e faço a viagem pelo interior submarino.  Os peixes são pérolas inacabadas, todavia os tubarões fazem o favor de acabar com os pobrezinhos. Não, não é questão de maldade! Os peixinhos são bem educados e fazem o favor de entrar goela abaixo. Eu gozo! De cima do tubarão branco recarrego minhas energias para também poder seguir viagem só. Pense...

vácuo universal

são tantas faces torcidas sem lubrificação azulejos azuis que se remexem vai-e-vem em panos podres de vidas em nó à margem procuro pó ao som da  imensidão devastada enquanto andarilhos pedem passagem tomo nota ao cheiro longínquo do vácuo universal (A.Q.M.C.C.N)

mal é estar sem civilização

entre vácuos desço ao terreno mor(t)al mal é estar no cume da montanha e não enxergar o outro mal é estar sem viver as dores do dia mal é estar sem enxergar os próprios olhos furados mal-estar é viver sem amar passei pelas nuvens pensando ser maravilha o que era dor e tirei fotos de minhas próprias caricaturas (cabelos grandes, nariz de negro e cenas pérfidas) e tudo cá embaixo era só falsidade humana e tudo cá embaixo era só mor(t)ais encenando uma imortalidade tosca e tudo cá embaixo era só religião: reedição de verdades passadas Não sem dor, ultrapasso as nuvens para ver o próximo, ainda que distante e percebo que a hipocrisia era apenas os meus olhos nebulosos e que esses mor(t)ais têm muito de imortalidade genuína e que os cães nada mais são que mulheres imor(t)ais e que a terra cheira a água doce em pleno mar - a vida treme diante da passagem! Desci e já não tenho o conforto de onde vim agora, ainda que descalço, piso espinhos para dizer amor

um cão pede passagem

no xadrez da vida um cão pede passagem: corre rios planta bananeira come carne de moela e, diante do sono, por fim, segue rumo ao próprio canil (A.Q.M.C.C.N)

campo de guerra

no campo de guerra demarco meus desejos (assassino amigos para mover meus anseios) e não nego a demasiada importância do auto aniquilamento (A.Q.M.C.C.N)

sacrifício necessário

Para a felicidade de um vários precisam se sacrificar (A.Q.M.C.C.N)

Fresta do dia

Provar do cálice maduro o suco febril dos lábios carnudos Dedos e bocas: falo pulsante a profecia do supremo deleite Entre pernas cruzadas e bocas cansadas o brilho do leite rompe a fumaça do dia

cãão!

estranho é ver do rastro negro uma ambulância de dor correndo rios ao desperdício potável duma inteligência corroída ou seguir os percalços da nicotina queimada  pelas maçadas de árvores caídas - cãão! compreensíveis, eticamente apetitosas, são as negociatas de gravatas a sal e camarão