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Mostrando postagens de março, 2014

nas curvas do dito

nas curvas do dito,   o poder de um poema não se reduz aos versos contidos ali, assim como o poderio de uma guerra vai além de um tanque blindado - eis a força poética além das frestas do léxico, esquinas da vida. é nesse espaço não marcado (flashback de tempos, ou aventuras (in)contidas) que há a possibilidade de esbanjar o recomeço. o poderio lírico é uma semente do descabido . e quando um poema não se finda na pretensa alegria ilusória da única interpretação? é nisso, pois, que reside a acusação ao poeta: falta-lhe Amor! ; a falta da letra maiúscula Amor não denuncia apenas a ausência de um nome próprio, mas (quem sabe!) a inexistência de qualquer realidade possível. a falta de um ponto que absorva o eu, que o faça crer nele mesmo, a própria poesia. contudo, aos poetas que vivem sem chão, àqueles que a realidade - mesma nas diversas criações - está em consonância com a rebeldia incerta do fazer artístico... ora, ora! viverão a inexatidão do vulgo SeR, as malditas ...

pôr do sol à vida

à vida, de um tempo distante (jamais perdido) à vida, marcas de lágrima e pôr do sol à vida, um sol, chuva de tempos (nublado, cinza, azul) Ah, o flamengo vai jogar agora. basta! o jogo da noite, o refletor e a redundância necessária: cerveja gelada.