Pobre leitor...

Pobre leitor...
O vento avermelhado soprou o ar da escuridão
e a pobreza cá dos vales rompeu a noite
Sangue nos vidros...
E as portas em completo pânico
Queridos desaparecidos
Canalhas à postos
(não, não era o apocalipse!)
O vento avermelhado soprou o ar da escuridão
e a pobreza cá dos vales rompeu a noite
Sangue nos vidros...
E as portas em completo pânico
Queridos desaparecidos
Canalhas à postos
(não, não era o apocalipse!)
Meus olhos já não sabiam fitar o além
E arma-esperança havia sido espalhada em poucas mentes
E, sem saber o porquê, meus lábios se fecharam!
Os lábios não tinham aprendido a beijar
Os olhos? Embriagados...
E as mãos... sequer mostravam o punho!
Mas a esperança estava em mentes perdidas
e quando se encontraram... a flor brotou do asfalto!
Vi o brotar acontecer...
E não houve como os olhos não se encherem d'água
Não houve como os lábios se fecharem
E as mãos... mostraram o ardente punho!
Trás dos vales nasceu a montanha vermelha...
E toda esperança se encontrou naqueles seres
Agora está aí!? Caro leitor, não sabe explicar sua história...
Seu pensamento parece obra do acaso, Deus?
Sua vida é um tabuleiro sem peças...
E continua nascendo; crescendo... E, o pior, reproduzindo!
Acreditou nas estórias contadas à sua terna mente?
(...)
Pobre leitor...
Pobre leitor...
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