casanaval
tem uma casa perdida
no Itanhagá ou Buenópolis, na ponte entre Goiás e Gerais
onde o coração toca em compasso tímido
os ventos têm som de azul-marinho
porta adentro e de volta aos quinze de cachoeiras
ou aos dois-anos-de-mamãe
é lá que se ouve mesmo o que não é dito!
as paredes, sempre de pé, mas de ouvidos limpos
o aconchego está nas telas, folhas secas prontas a pintar
no vinil que espera sossegadamente o momento de tocar
o banho, demorado como é, esteriliza as ceras e limpa os dentes
é de quando em quando, sem dia nem hora certa, que se banha
contam que essa casa está debaixo das águas - exatamente na divisa dos estados
casa-náufraga que desliza vida abaixo
é da casanaval que vim-e-vou
sem hora certa, nem dia anunciado!
no Itanhagá ou Buenópolis, na ponte entre Goiás e Gerais
onde o coração toca em compasso tímido
os ventos têm som de azul-marinho
porta adentro e de volta aos quinze de cachoeiras
ou aos dois-anos-de-mamãe
é lá que se ouve mesmo o que não é dito!
as paredes, sempre de pé, mas de ouvidos limpos
o aconchego está nas telas, folhas secas prontas a pintar
no vinil que espera sossegadamente o momento de tocar
o banho, demorado como é, esteriliza as ceras e limpa os dentes
é de quando em quando, sem dia nem hora certa, que se banha
contam que essa casa está debaixo das águas - exatamente na divisa dos estados
casa-náufraga que desliza vida abaixo
é da casanaval que vim-e-vou
sem hora certa, nem dia anunciado!
Deitar-me-ei nos lençóis de setim, brancos como as águas límpidas que correm sem destino e me jogarei ao penhasco da aceitação, áquela íntima.
ResponderExcluirMs. Regner