homem-bomba

sentado à mesa
numa escola
sem aulas
ao lado de tantos colegas
professores
alguns até belos
outros adormecidos, desejosos por uma boca cheia de dentes

iniciamos o banquete:
pena de morte, já!
bandidos em corpos de alunos - ouvi

eu, que não queria comparecer ali
fui convocado
relutei
remexi
acabei gritando como muitos deslocados

a mim, apesar da guerra declarada
não coube convencer alguém
mas tão somente perceber
a matéria inorgânica
de minha pronta explosão

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