Diva
Diva,
os assassinos
de espíritos corroídos
permanecem de pé
são magros, atléticos
mudos de alma
doentes e, pior
consanguíneos
Se tivesse estabelecido contato antes
não recusaria um cigarro
beberia o que fosse necessário
e andaria por todo o Urias
-sua morte seria mais leve
Covardes,
façam suas homenagens
não se esqueçam, porém
dos choques
das drogas
e da camisa de força
Se foi
mas deixou uma boca aberta
em completa putrefação
fechada apenas por panos de linhas finas
À minha tia Diva, falecida em 13/06/2011, e a todas as vítimas da política manicomial.
poema que fere, denuncia, emociona
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