Furo a pensar
Estava com a VERdade
de alguém carregado por correntes
nas correntezas do cotidiano
Deixei os grilhões
pulei na garganta do desgraçado
para brotar dos dedos algo pontiagudo,
punhal, impus meus desatinos
Passamos por urtigas, cravos
afundamos,
pulamos onda e matamos no peito
à custa de palavras-gozadas
Meu companheiro já parecia estar bêbado, cansado,
eu, grudado ao pescoço dele, nos descaminhos,
não deixei de atribuir gozo àquilo
Saltei da égua-homem
destrambelhado, cambaleante,
iniciei meu voo
ainda que desgovernado,
fui às nuvens, de ar gélido, parei, remexi
percebi que não havia queda ali
tirava foto das minhas imagens
remexia as pernas, braços,
gritava só para ouvir o eco
Mas queria mais
nu! queria mais...
Recolhi minhas mãos ao estômago
dos dedos, novamente, nasceram espinhos,
facas, estiletes...
deixei-me dilacerar
da parede lisa do duodeno
brotou um furo - só para ter o que pensar
de alguém carregado por correntes
nas correntezas do cotidiano
Deixei os grilhões
pulei na garganta do desgraçado
para brotar dos dedos algo pontiagudo,
punhal, impus meus desatinos
Passamos por urtigas, cravos
afundamos,
pulamos onda e matamos no peito
à custa de palavras-gozadas
Meu companheiro já parecia estar bêbado, cansado,
eu, grudado ao pescoço dele, nos descaminhos,
não deixei de atribuir gozo àquilo
Saltei da égua-homem
destrambelhado, cambaleante,
iniciei meu voo
ainda que desgovernado,
fui às nuvens, de ar gélido, parei, remexi
percebi que não havia queda ali
tirava foto das minhas imagens
remexia as pernas, braços,
gritava só para ouvir o eco
Mas queria mais
nu! queria mais...
Recolhi minhas mãos ao estômago
dos dedos, novamente, nasceram espinhos,
facas, estiletes...
deixei-me dilacerar
da parede lisa do duodeno
brotou um furo - só para ter o que pensar
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