Devívido I O jornal aberto nessa manhã não encerra nada além dessas páginas viradas (ao acaso*). Tudo ali, sem salvaguardar o proibido. Os livros sobre a mesa de jacarandá (ah, a solidão do jacarandá*) dizem pouco mais que uma floresta devastada. Nem mesmo o jogo de xadrez montado aos modos de Bob Fischer, agora, faz algum sentido... Contaram-me que abrir um jornal era a experiência maior de adentrar em um novo sangue, um corpo sem vértebras (nunca acreditei*). Por muito tempo, escrevi diversas matérias a jornais que nunca movimentaram o meu sangue. Na verdade, pouco pratiquei a leitura; escrevia, escrevia. Quando penso na leitura dos pasquins, quando na universidade, ficava de sobressalto, me arrebatava (hoje, como seria? Faria esse sangue ferver?*). Abro o jornal e leio. Leio, leio como todos que abrem o jornal pela manhã à procura de algo que transcenda e traga o sol ao dia nublado, que deixe o sal a gosto, a leitura entusiasmo ( mas o jornal, sempre...
O que seria do mundo sem as nossas poesias?Um emaranhado cinza, frio e sem sabor! Somos o sal da Terra meu amigo!
ResponderExcluirApesar desse mundo utilitário, interessado, o guardanapo continua grudado à pele do poeta, como uma espécie de guro. Acho que essa terra tá doce demais, Cacau, rss... lembrei de um conto que tenho entitulado "em nome do AÇÚCAR, amém". abração, companheira de versos!
ResponderExcluir