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Mostrando postagens de agosto, 2011

desejo

vem sempre subsequente não se satisfaz completamente

bule quente

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bole bole que bolina a mais santa das meninas

Poesia, análise e prostituição: subversão via linguagem

Poesia, análise e prostituição: perspectiva subversiva da linguagem Poeta, profeta, protesta. A profecia anuncia o que virá. O profeta fantasia a realidade: partindo do imaginário, constrói e proclama um novo momento. Não é diferente o poeta. Ele sublima (ou seja, possibilita outro rumo ao desejo), e através da escrita constrói novos horizontes. O poeta subverte a linguagem, como a dar forma ao desejo, como a realizar o desejo. A transgressão é característica básica de quem é tomado pelo desejo, uma vez que a pulsão não segue os ditames morais. Não é falar com o desejo, porque o poeta é tomado pelo furo, pelo inumano, pela linguagem. Talvez, por isso, nasça o poema, e, em seguida, outro vem subsequente  (o desejo não pode ser satisfeito completamente). Apesar da escrita, não há realização do desejo, o furo permanece! Há uma fome, fonte d'alma, que momentaneamente consegue se dar por satisfeita - nasce o poema -, há o gozo, mas, momentos depois, a fome (da fonte do desejo) toma o ...

Puta(ria) da linguística

o poeta é a puta das palavras transa de A a Z só não recebe faz por prazer

Genocity

Genocity Estado genocida cria genocídias frondosas

Pressuposto

Pressuponho que haja humano família amigo a gente Suponho o pai, o amor o suposto saber Mas vejo libido bagaço de cana contra a parede caído O inumano supõe o saber transpõe a gente!

Gozo Desmedido

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Em setembro nascerá o meu filho, o livro Gozo Desmedido . Em breve divulgarei a data do lançamento. 

máxima pós-moderna

Tenho medo de não ter medo medo de temer medo!

máxima pós-moderna

Transar respeitosamente

máxima pós-moderna

É politicamente errado questionar o politicamente correto

máxima pós-moderna

não há problema em ser ateu desde que se creia num deus

No ovo da Ema brotou uma estrela

No ovo da Ema brotou uma estrela  (Dedicado a Marcos Alves Lopes) De Cacau Cruz. Era um astrônomo que buscava desvendar as estrelas no interior dos homens. Estrelas confusas, de cores difusas e brilhos secretos. Cientista que colocava dentro de um microscópio as miudezas da natureza humana. De dentro para fora ou de fora para dentro? Não importa. É pé na porta. E porta é para ser aberta.    Tinha o dom da oratória e do paradoxo metafórico. Era inspiração inspirada. Mestre observador dos lances viscerais no tabuleiro da vida. Literatura atrevida, psicanálise (re)inventada, poesia, proesia, poema..... E a Ema? Que ema? Não precisa de rima. Marcos é literatura feita de baixo para cima, ou será de cima para baixo? Veio de ouro no lodo da terra, mas não é poeta ou escritor. É inventor! (Esse poema é de Cacau Cruz, amiga e poeta, que me presenteou com esse belíssimo texto. Não sei o que dizer... Valeu, Cacau!)

A gente

A gente é d' A gente fato do acaso agente de fato

Vadiagem noturna

Não quero o amor morno dos lençóis embaraçados quero a fugacidade do desejo (não dito, mas profetizado) dois corpos num anel de fluxos - fluidos e gemidos quero, antes, o fim do dia num crepúsculo que anuncia mais uma noite vadia! À Fernanda Gonçalves Padilha, minha nega.

noite vadia

Quero ser lágrima que nasce nos teus olhos percorre a tua face e morre na tua boca. Quero ser o gemido do teu corpo ao penetrar o meu. Quero ser a fome que te consome ao me ver partir, e a dor que te desola por não poder dizer que é só meu. Sou o sussuro dos teus sonhos a me pedir para ficar Não quero o amor morno dos lençóis embaraçados quero a fugacidade do desejo (não dito, mas profetizado) dois corpos num anel de fluxos - fluidos e gemidos quero, antes, o fim do dia num crepúsculo que anuncia mais uma noite vadia! Produção coletiva: Eu e Cacau Cruz (Minha parceria com Cacau Cruz está cada vez mais interessante! Valeu, Cacau!)

Canalhice pau no cu

Canalhice pau no cu “Porra, mas que merda é essa?” “Eu estou te pagando e nós combinamos que você não iria reclamar...” “Eu não estou reclamando, estou te perguntando: que merda é essa?” “Cale a boca, caralho!” “O que é que você anda comendo? Meu Deus, que merda!” “Você tirou? Por que você tirou? Eu falei que não podia tirar!” “Olha, eu estou acostumado com essas coisas, mas eu juro: nunca vi uma porcaria dessas.” “Não olhe então, caralho! Fique quieto! Cale-se e não olhe! Faça como combinamos.” “É sério, não há dinheiro que pague isso, nunca mexi com tanta porcaria, isso é doente.” “Fique quieto, está machucando, porra!” “Aff! Toda vez é sempre a mesma coisa, eu não te entendo, dói?” “Cale a boca, caralho!” “Se não está bom por que não para com isso?” “Quieto, cacete!” “Tá ficando duro, viu?” “Não faça isso!” “Por que não? Não é melhor assim? Hein?” “Sai, sai!” “Nossa, mas que merda!” “Fale baixo! Minha mãe pode ouvir!” “Sua mãe? Mas ela não tinha morrido?” “Se ela te ouvir, te mat...

Máxima pós-moderna

"Bancos emprestam dinheiro a endividados!" "[...]Compramos seu empréstimo. De quebra você ainda leva cinco reais mil a mais[...]"  (de um jornal qualquer)  - Ufa! É só deitar e rolar! 

Máxima pós-moderna

Didi: Programa de humor sem graça.

A cara viva da morte

A sua piscina está cheia de ratos/ suas ideias não correspondem aos fatos/ Cazuza, O tempo não para Minha grana acaba semana que vem. Quando pequeno, meu pai dizia "filho meu não foge à luta!", e não tinha mesmo como fugir, ele sempre me puxava pelo braço. Naquele tempo, há vinte cinco anos, papai vivia armado de um cajado, um laço (não de fitas) e a velha espingarda de chumbo. Não, ele não criava ovelhas. Mas os filhos, os treze filhos de papai, andavam no cabresto. Digo que foi educação de sucesso. Sucesso, porque todos nós, os pobres-diabos que sobreviveram, matamos um leão por dia, cada um à sua maneira. Fui dando sempre o meu jeitinho: trabalhei como peão, auxiliar de serviços gerais, auxiliar de pedreiro, auxiliar do caralho! Sobrevivi. Entretanto, nos últimos seis anos venho num rumo diferente. Assistindo esses programas que passam depois da novela, aprendi que a vida podia ser melhor, "felicidade é questão de autoestima", dizia o repórter. O jornalista en...