Mata virgem

Vou à selva do desejo
avalizar meu próprio querer.

Porque das artilharias do matagal,
essas reservas de odor macabro,
formei as primeiras trincheiras dos anais do tempo.

Vencida a batalha,
ainda que fatigado,
sigo a seta da alma,
à mata selvagem do cu.



Ao poeta Shunnoz, o pensólogo angolano.

Comentários

  1. "e agora eu lhe pergunto:
    será que o cu não nos pertence?"
    (Shunnoz)
    Será que é possível sobreviver nesse mundo sem beijar o cu de alguém?

    Profundo! Muito profundo!

    Shunnoz, misto de Marcos Lopes e Diego El Khouri.
    Sou fã dos três!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Devívido *projeto de um novo romance*

Cucuia inveterada