a linguagem como recusa

Do querer - a fala recusa a tradução. Do desejo, o oposto advém. Não vou dizer o contrário. Não vou dizer! Digo somente quando recuso o dito, e é mesmo na recusa que comparece o que iria a ser. Enfim, melhor seria dizer – digo NADA. Digo nada como quem diz algo que é nada; a recusa está no presente; a ausência é nítida e não digo o contrário. Não digo o contrário, já que o que digo já é o avesso da linguagem: digo NADA. Só há linguagem quando NADA diz além.

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