Cucuia inveterada

O que escrevo não é de hoje
nem será lido amanhã
o que escrevo é obra de um vendaval
perpétuo
inumano
invertebrado.


Não busque aqui seu mal-estar
ele estará na linha tênue
no desague
desmame
desarme
de tudo quanto há entre ti e o outro



Não tenho em mim o amor do mundo
nem o ódio
a indiferença tem um tom fósforo
(queima o que é inveterado!)

Não passe os olhos nos meus versos
aqueles que carregam plumas
e não reconhecem o plano sangrento de si


Que vá às cucuias!
que me deixem (versos) quietos
como os pássaros pousados no fio da estação
não vou explodir



Deixem aos cães
quem nasceu
CANINO

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