Sobre o mor(t)al e o imor(t)al
Não há nada melhor que observar os mortais diante do imprevisível!... Já os imortais não se dão ao luxo do susto - o surto já é grande o bastante! Na fala calma, ou nas locomotivas desvairadas, os mortais mostram sempre um quê de coisas perdidas! O contato com a "coisa" é que remete a cenas, acontecimentos não tão bem encobertos - perigo cotidiano de sair da mesmice! Quanto aos imortais... Esses habitam cenários desumanos, demasiadamente humanos! Vivem num círculo sem pai - Terra-Sem-Lei. Há aí a maravilha psicótica da cidade, a maravilha de Já-de-Cristo. Eles vivem e fazem da vida, vida! Quem dera fosse eu também um forcluído! Só os imortais não sentem dor, mesmo a conhecendo tão bem. Previsível ou não, o gozo dos imor(t)ais é gozo, e só! Trata-se de conseguir gozar fora dos padrões heteronormativos. Esse deve ser o objetivo de todos os imortais - gozo desmedido como um psicótico, porém sem possuir a estrutura forcluída. É o super-homem! É o gozo do (im)proviso, do dia-a-dia na cidade, mas gozo! Buscar o prazer em vias não conhecidas é se atrever a brincar de imor(t)al. Em pleno capitalismo perverso, - perversão e capitalismo já soam como redundância - eles gozam desmedidamente, devaneios da vida contemporânea.
* Para entender os contos iniciados em 2011
* Para entender os contos iniciados em 2011
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